“Mas
receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas
testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da
terra.” At 1.8
Como são fascinantes estas conversas do Mestre
com seus discípulos. Aqui, Jesus continua a explicar que é melhor buscar as
coisas do Espírito, mas é difícil desejar aquilo que não podemos ver e tocar. Pensamos
que desfrutar das coisas é tê-las em mão - a nossa vista e à vista de todos. Quando
temos poder fazemos de tudo para que os outros saibam, mas se estamos fracos,
queremos nos esconder.
A luta por poder é constante. Todo mundo
quer conquistar e destacar-se em determinada ou determinadas áreas. Por isso,
corre-se tanto atrás de dinheiro, pois para o homem, ele é sinônimo de poder. Quem não gostaria de ouvir isso? “Receberão
poder.” Este é um atributo que todo mundo quer, porém Jesus falava de um poder
diferente e com finalidade determinada.
O
poder oferecido por Jesus não engrandece o homem. O poder revelado pelo Mestre
não torna ninguém melhor do que o irmão. Não alimenta a carne, tampouco
satisfaz o ego. Como diz o apóstolo Paulo, este poder visa um fim proveitoso.
Combinamos o seguinte: Jesus nos oferece dádivas que nos levarão à vida eterna.
É certo que deseja nos abençoar na terra também, porém o seu propósito maior é
a eternidade.
O Espírito é derramado sobre àqueles que testemunham de Jesus em qualquer lugar, até mesmo nos confins da terra. O Espírito Santo em nós é quem engrandece, honra e glorifica Cristo, o Filho de Deus. É a capacidade de nos entregarmos totalmente a alguém que nunca vimos, mas amamos e confiamos mais do que tudo. É o que nos torna bem-aventurados nesta terra.
Como
costumo dizer, se fosse fácil seguir a Jesus, todo mundo seguiria. Bastava um
convite e pronto, já estão na igreja e depois de estar lá, nunca mais sai. Mas
sabemos que não é bem assim - o reino de Deus é tomado à força. Lutamos contra
as investidas do diabo, circunstâncias e contra nós mesmos, para um dia poder chegar
diante de Deus com mãos limpas e coração puro.
Assim, é indispensável ser revestido do
poder do Espírito Santo, caso contrário, desfaleceremos em dois toques. Esse poder
nos torna íntimos com Deus e passamos a lutar na força dele, não na nossa
capacidade. Jesus sabia das dificuldades que os discípulos passariam depois de
suas ascensão aos céus, por isso resolveu ficar, mas de forma diferente. A força
do Espírito nos faz resistir os dias maus e nos dá autoridade para falar de Jesus.
A promessa está a nossa disposição, porém
deve ser desejada e conquistada. O que difere um cristão de verdade e um
igrejeiro é a experiência pessoal com o Espírito Santo. Embora não se torne perfeito,
a pessoa que anda no Espírito glorifica a Jesus com seu modo de viver. Este poder
está em nós para vencermos nossa carnalidade e egoísmo, para aprendermos lidar
com as frustrações e vivermos na dependência do Deus poderoso.
Até a próxima,
Luisa Neves
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