quarta-feira, 19 de junho de 2013

Pelo bem de todos, perseveremos na oração

"Orem no Espírito em todas as ocasiões, como toda oração e súplica; tendo isso em mente, estejam atentos e perseverem na oração por todos os santos.” Efésios 6:18 A prática da oração nem sempre é natural. Acordar já em espírito de oração, não é comum a todos os cristãos. Você, como eu, luta para deixar de lado sua vontade e planos imediatos, e dobrar os joelhos para conversar com Deus. Aprendi que para orar, convidamos o Espírito Santo a nos ajudar. Começamos com dificuldade, pois quando nos colocamos diante de Deus, percebemos com nitidez nossos erros e defeitos. Parece desanimadora essa palavra, mas não é. Pelo contrário, quero dizer-lhe que somos iguais. Não somos espirituais o tempo todo. Bom seria andarmos no Espírito 24 horas por dia. Quando vencemos a primeira batalha, sair da inércia, e oramos, um mundo novo nasce pra nós, ou melhor, renascemos a cada momento de intimidade com Deus. Paulo encerra o texto sobre batalha espiritual, falando que devemos ter em mente a oração. Deve haver em nós, constantemente a intenção, a vontade de falar com Deus. Quando saímos da carne e entramos no mundo espiritual através da oração, a experiência é maravilhosa. O dia torna-se diferente. Dividimos com o Senhor nossas obrigações e entregamos a Ele o que não podemos fazer. Se Ele se importa? Claro. Se Deus cansa? Jamais. Ele anseia por cada momento de intimidade com os Seus filhos, a razão do Seu amor.

Comer bergamotas embaixo da árvore

Certa vez alguém me perguntou o que é felicidade pra mim. Prontamente respondi: “Felicidade para mim é comer bergamotas embaixo da árvore em um dia ensolarado de inverno”. “Mas só isso, Luisa?” – perguntou-me com espanto a minha inquiridora. Nesse tempo eu estava envolvida em muitas atividades, portanto cansada. Tudo o que eu queria era parar e fazer algo simples. Algo que não exigisse esforço e dedicação. Algo que só faria junto com pessoas bem íntimas (todos sabem o cheirinho que a bergamota deixa nas mãos). Algo que suprisse alguma necessidade e me fizesse sorrir. As bergamotas representam para mim as coisas simples da vida. Vestir abrigo, calçar tênis. Agradecer a rotina. Estar com pessoas queridas. Rir à toa. Contemplar cada dia como um grande presente do Criador. Andar de mãos dadas. Raspar a tigela do bolo. Comprar esmalte novo para completar a coleção. Fazer palavras cruzadas. Talvez a bergamotas da árvore lembrassem minha infância na casa da minha avó. Difícil era esperar a geada vir e amadurecer as coitadas das frutas que eram atacadas por mim e pelos meus primos antes do tempo. E como esconder a “arte” já que o aroma me denunciava? Lembro quando dividia as frutas pelos buraquinhos da cerca com a minha vizinha e “primeira” amiga. O tempo passou depressa desde as bergamotas do pátio da vó Laura. Hoje levo os meus filhos ao supermercado e escolho as frutas para eles. O máximo de trabalho é subir as escadas do prédio com as sacolas e ainda reclamam. Vejam só! As frutas continuam doces, mas o sabor não é o mesmo. Não é mesmo! Estou contando os dias para as férias de julho. O merecido descanso dos trabalhos da faculdade. Que tempo especial! Tomar chimarrão no sol da pracinha com as crianças, passear com minhas irmãs, namorar. Estar com amigos preciosos, ler muitos livros, buscar mais a Deus. E as bergamotas? Estão nas bergamoteiras esperando por nós. Boas férias!

terça-feira, 11 de junho de 2013

Crianças falam de amor

"Dos sentimentos é o mais nobre" - assim define-se o amor. Fala-se no amor nas mais diversas formas: amor físico, amor ágape (aquele que não deseja nada em troca), amor filantrópico, amor não correspondido, amor proibido. Usa-se o sentimento para descrever variadas situações. Ora dizemos que amamos a Deus, e também nosso pai e mãe, mas até se declara amor ao cabelo, sorvete, chocolate e carro. Um sentimento tão complexo é bem definido pelas crianças, cujos ídolos são escolhidos ainda pequenos. Para psicopedagoga Evanise Costa, a criança na idade pré-escolar apega-se a algo que lhe dá prazer e não quer dividir com ninguém. Geralmente o apego é a mãe e os que são mais próximos. “É normal que as crianças, na primeira infância, sejam apegadas a objetos como o “cheirinho”, o bico e brinquedos. Esses são os seus primeiros amores. Aos oito e nove anos apegam-se a professores e todos os que lhe passam confiança, amor e cuidado” – declara. A psicóloga Magda Schineider comentou que para as crianças de até nove anos, o amor está representado nas pessoas que lhes cuidam, geralmente, os pais ou responsáveis. “Nesta idade seus ídolos estão em casa e principalmente nos pais, os pequenos têm o seu exemplo” – comenta. Já a monitora de um projeto social, Marta Dias, diz que amor é cuidado e confirmação do sentimento através do zelo, das palavras de afirmação e da troca de carinho. Segundo Marta, a criança precisa sentir-se segura do amor de sua família e o cuidado proporciona essa segurança. Mas o que é amar para as crianças? Quem são seus ídolos? Nada melhor do que ir até elas na escola ou na praça (além das crianças do projeto "Nações em Ação", fomos na Praça da Vila Militar) e perguntar pessoalmente. “Amar é cuidar de uma pessoa quando ela está doente.” Liana, 7 anos “Amor é quando meu pai me dá um beijo antes de me deixar na escola.” Ryana, 7 anos. “Amor é quando meus pais vão à praça tomar mate e conversar. Eu amo minha irmã quando ajudo ela arrumar o quarto. Amor é quando o meu pai joga basquete comigo e me levanta para fazer cesta. Também é quando meus pais saem e minha mana me cuida.” Amanda, 9 anos. “O que eu mais amo é Deus. Amar e nunca maltratar os animais. Não ajudar as pessoas carentes não é amor. Bater nas pessoas não é amor. Amor é quando o meu irmão me ajuda nos temas e minha mãe me dá colo.” Samuel, 6 anos. “Amor é quando tu gosta do teu pai e da tua mãe e se tu perder eles, tu fica triste. [...] Amor na minha casa é quando eu brinco e ao voltar pra casa eu tomo café. Eu sei que o meu pai me ama porque ele já morreu e foi para o céu e de lá ele me cuida. Antes de morrer ele disse que me ama e quer que eu seja militar quando crescer.” Mateus, 12 anos. “Amor é meu pai, minha mãe, meus manos e minha avó. Amor é quando meu pai faz os temas comigo.” Davi, 5 anos. Ao perguntar para as crianças o que faz com que elas sintam-se amadas, todas responderam que amor é o cuidado da família por eles. É importante observar que não são os presentes e os brinquedos que testificam o amor dos pais aos filhos. As crianças sentem-se seguras quando os familiares demonstram amor por eles uns pelos outros no dia a dia. O amor deve ser demonstrado em pequenas atitudes, coisas simples que para valorizarmos devemos ter coração de criança. Por: Luisa Neves