Dias atrás saí para
caminhar e fiquei assustada com as loucuras do trânsito da minha cidade. Mas
não é do motorista que quero reclamar. É do pedestre. Gente, eu acho que
algumas pessoas saem de casa com a intenção de se matar. Só pode ser. Abaixo,
leia o trecho de um trabalho que fiz para a disciplina de História do
Jornalismo. Vamos refletir juntos sobre o papel de quem anda a pé e é a principal
vítima em caso de acidentes.
A consciência de responsabilidade no trânsito deve partir
tanto dos motoristas quantos dos pedestres. Ao observar uma hora no centro de
Santa Maria, o cidadão verá as loucuras que os transeuntes fazem ao atravessar
a rua. Atravessam na diagonal, não olham para os lados, desrespeitam o sinal
verde, ignoram a faixa de segurança. Alguns nem andam nas calçadas, preferem
andar na pista dos carros e ônibus.
Para
a acadêmica de Direito, Jenifer Candaten, 32 anos, a campanha pé na faixa
conscientizou o motorista, mas o pedestre relaxou com a própria segurança por
pensar que atenção e cuidado é obrigação só do condutor de veículos. “Muitas
vezes estamos na faixa perto do Trevo da Uglione, onde é permitido uma
velocidade mais alta, 70 a 80km por hora. Os pedestres simplesmente atravessam sem
olhar e, o que é pior, sem esperar a gente reduzir a velocidade. Já tive que
freiar bruscamente colocando em risco a vida das crianças dentro do carro para
não atropelar uma pessoa”, comenta.
Segundo
Jenifer, a educação no trânsito deve começar na infância, pois muitos pedestres
não colaboram, não prestam atenção. “Deveria haver campanhas de conscientização
para quem anda a pé também. Minha mãe me ensinou desde pequena a não passar por
trás do ônibus e hoje eu passo esse ensinamento para os meus filhos”, lembra.
“Se
o motorista não pode dirigir falando no celular, o pedestre também não pode
andar nas ruas distraído com telefones, ipods e afins”, afirma a bacharel em
Direito, Rossana Pinheiro, 27 anos. Segundo Rossana, que quase atropelou um
rapaz que usava fones de ouvido, os dispositivos móveis distraem o pedestre. “Buzinei,
mas ele não me ouviu”, conta.
Para
a bacharel em Direito, o comportamento do pedestre é reflexo de sua educação a
respeito do assunto. “Quando fazemos autoescola aprendemos a respeitar as leis
de trânsito tanto como motoristas como transeuntes. Mas é somente nessa ocasião
que somos ensinados com veemência. Seria bom se as escolas e faculdades, fizessem
pelo menos uma vez por ano, campanhas de educação no trânsito”, conclui.
Preservar
a vida alheia é obrigação do ser humano. Contudo, as pessoas não podem se esquecer
de preservar a própria integridade física. Seja atento como motorista. Dirija com
cuidado. Preserve a sua vida e a dos outros. Como pedestre, colabore, não seja imprudente ao atravessar a rua. Diminua a pressa. Diante de
tanta correria, lembre-se de que a vida humana não tem preço.
Deus
lhe deu uma vida. Cuide-se. Você é precioso para sua família e para o Senhor.
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