sexta-feira, 25 de outubro de 2013

A exploração de animais também acontece fora dos laboratórios

Desde a madrugada do dia 19 em que ativistas invadiram o Instituto Royal, em São Roque, São Paulo, para resgatar os 178 beagles, as opiniões se dividem a respeito de testes com animais.
De um lado, os defensores dos cachorrinhos dizem que há métodos substitutivos para fazer os experimentos. De outro, os cientistas insistem que é impossível fazer ciência sem o uso de cobaias.
Todo método que use de crueldade para qualquer ser vivo, não justifica a causa, ainda que seja em benefício da saúde humana. Existem outras maneiras de testar medicações e cosméticos: métodos matemáticos e computacionais. Se um algoritmo daria conta de prever os efeitos de uma droga no organismo canino, por que os institutos de pesquisa insistem em causar sofrimento nos cães?
Penso que não podemos ser hipócritas. Será que fora dos laboratórios tratamos os animais com a consideração que merecem? Ao fazer o uso deles em rodeios, circos e para outros fins lucrativos, como o comércio desenfreado de filhotes na internet, também não os estamos explorando?
A sociedade deve exigir esclarecimento dos cientistas. Concordo que testes precisam ser feitos em cobaias, mas somente se não houver outra opção. Por outro lado, o que os ativistas pretendem fazer como os cães? Terão como dar abrigo e sustento a eles? Ou toda a ação foi baseada apenas em boas intenções?  Aproveitamos a deixa para refletir sobre todas as formas de exploração dos animais.

Luisa Neves

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