sábado, 31 de agosto de 2013

Como você está, de verdade?

Enquanto lia um texto com este título, meditava nesta questão. É comum em nosso país, perguntarmos às pessoas como elas estão, porém, na maioria das vezes não estamos interessados na resposta.

Sim, a culpa é da correria. São tantas coisas a pensar, resolver e fazer que nem bem terminamos a pergunta e já estamos do outro lado da rua. Se lembrarmos do nome do “amigo” que foi cumprimentado, já estamos no lucro.

E se por acaso ele respondesse: “Não estou bem, que bom que você perguntou. Aliás, meu problema é...” Que susto tomaríamos, afinal, não esperamos respostas assim, ou melhor, não esperamos resposta nenhuma. Na verdade, não estamos interessados.

Quem em sã consciência quer parar para ouvir problemas alheios? Tomara resolver os seus. Quem pode sentar ao lado do funcionário e para saber o que está se passando com ele já que não está “rendendo” como antes?

Quem está interessado em olhar profundamente para o aluno inquieto? Quem quer saber o porquê do cônjuge estar tão imerso em seus pensamentos? O que se passa com o camarada que não curte mais suas postagens no face book?

Cobrar atenção é mais rápido do que parar e perguntar: “Como você está, de verdade?” Nossos interesses estão acima da condição do outro. Nossas expectativas vão além da crise e da dor alheia.

Assim, aprendo a perguntar com interesse e principalmente parar para ouvir a resposta. E você quando me encontrar, por favor, pergunte-me: “Como você está?” De verdade...



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